sábado, 5 de abril de 2008



Arrancada do carro e ser fodida violentamente. Por isso, ontem a noite saí sem cuecas...

segunda-feira, 24 de março de 2008

ATÉ AO PROXIMO SONO

É a noite que vos sinto
é a noite que vos oiço.
Aqui na casa onde não minto,
aqui nas trevas do meu próprio sono.

Aqui, nas trevas do meu próprio sono
onde vós fantasmas, me visitam vivos,
em riso, vão falando calados
na língua prima dos recém-chegados.

Na língua prima dos recém-chegados,
viajantes de longe que não lavei os pés,
que não dei de beber e não beijei a tez,
me perguntam, porque foram renegados?

Me perguntam porque foram renegados,
se foram sementes e foram semeados
e fecundos eram, na terra fecunda,
porque não foram regados?

Me perguntam, porque não foram regados
sendo frutos do mesmo ramo?
Mensageiros da nova perdida,
agora e para sempre velados.

Os umbigos na pele trigueira,
são redondos espelhos do meu,
os negros caracóis cintilam,
grandes corações trovejam
e belos olhos brilham.

E em riso vão falando calados
na língua prima dos recém-chegados.
E em lágrimas vos falo calada
na língua prima dos recém-chegados.

quarta-feira, 19 de março de 2008

O FÁCIL e O DIFICIL

Ferir é tão fácil. Difícil, é sermos corajosos o suficiente para admitir os nossos erros e principalmente corrigi-los. Amar o suficiente para honestamente reconhecer que desiludimos alguém e necessitamos do seu perdão para desaguniar, é qualquer coisa de nobre e verdadeiro. Imprescindível. Fácil, é sermos orgulhosos que nem conhecemos mais o poder de um simples pedido de desculpas e pensarmos que não precisamos de perdão de ninguém.

sexta-feira, 14 de março de 2008

DOR



Como vencer uma dor que não se sente mas que se ouve,
que nos fala com culpa desculpando,
que é tudo e está em tudo,
que é a nossa sombra mesmo no escuro
e a nossa voz quando calados?






sexta-feira, 1 de fevereiro de 2008

DIVINA BESTIALIDADE



Merda! É o meu único e mais urgente pensamento, enquanto travo uma batalha terrível com as estúpidas calças que teimam em não sair. Ah mas luto, luto estoicamente e venço este exército de fibra e algodão, que se me esfregam na fenda, com os teus dedos à mistura, e arranco-as de mim com tamanha violência que aterram desastradamente na lareira e as tuas no chão. Finalmente nus, ajeito os quadris no teu colo, deixando-me cingir nos teus braços e enterro o rosto no teu pescoço, onde pequenas veias palpitam excitadas e inspiro fundo, bebendo-te o cheiro másculo e florestal, esfregando-me no teu peito, roçando os mamilos nos teus, o que me deixa mais molhada, e me faz afastar e colar a boca na tua, para um baile de línguas, com apalpões à mistura, quando sinto uma subtil dentadinha, nos hirtos mamilos e outra mais afiada a seguir... Quase desfaleço com tamanho tesão. E fazes amor com os meus seios, envolvendo-me os mamilos com a sagacidade de um felino, como se mos quisesses engolir, enquanto vou-tos enfiando para dentro da boca, ora com a mão, ora projectando-me em total abandono. Mas o que quero, são os teus dedos que procuro e enfio entre as pernas, e ponho-me a afagar a racha com eles, e os meus, mantêm seguro o teu incorrigível pénis, que também vou acariciando, afagando, amassando e entesando cada vez mais, enquanto vais tremendo e bramindo como um fera enjaulada, correspondendo com cinco dedos, entalados na minha vulva, e começo a foder-te a mão, lambendo-te os dedos da outra furiosamente, besuntando-os com saliva, e nos teus ouvidos, que trinco e beijo, digo a arfar: mete-mos no cu. Mete! Assim fazes e uns quantos escorregam-me para dentro deliciosamente. E ainda a desfrutar esta sensação, elevando-me e enterrando-me para melhor te sentir, outra mais forte me invade e faz gemer obscenamente: o teu falo também escorregou para dentro da minha escancarada rata! Ah, como é bom! É bom demais! Como sabe bem esta dual satisfação! Ergo os braços no alto da cabeça, arqueando as costas, oferecendo-me para ser fodida, com o rabo empinado a balançar lascivamente, quando decido segurar nas minhas próprias nádegas, afastá-las e abri-las, arreganhando-me toda para ser ainda mais penetrada, e tens a brilhante ideia de dedilhar-me dentro do cu! É como ter três paus aí entalados e cada um se mexer separadamente! Acabo de ver a minha compostura a fugir da sala! Com a graciosidade de uma puta, fodo e deixo-me foder pelos dois lados, sugando-te os dedos por um, tragando-te o falo maciço por outro, friccionando o clítoris indecentemente, pois não caibo em mim, e tu, ó tu, investes mais e mais nas tuas bélicas estocadas, prometendo-me uma boa foda, com a mão quente a serpentear-se-me na boca do estômago, sacudindo-me o corpo todo, em belos e terríveis espasmos. Mete mais! Desespero. Pede! Provocas. Oh mete! Suplico. Tira! Endoideço. Não, não tires... Tira! Mete, mete por favor! Tenho a cona a latejar! O cu a contrair-se-me impiedosa e graciosamente! E esta sucção... Deuses! Enlouqueço lúcida na minha loucura e berro com pompa, e divina bestialidade!





A todos que por aqui passaram e continuam a passar, acariciando-me com palavras amavelmente escritas. A todos os que não respondi aos comentários, e não visito há séculos, peço-vos perdão, os motivos foram alheios à minha vontade.
Que os vossos sonhos sejam lascivamente realizados ;)

sexta-feira, 21 de dezembro de 2007

TU



Aproveito a solenidade do Natal, não para celebrar o nascimento de Cristo, mas para celebrar amizade. Esse imenso e terno sentimento que nutro por ti. Não te saberia dizer quando começou, nem quando passaste de uma "desconhecida-arrogante" para essa pessoa que me és agora, em quem penso nos melhores e nos piores momentos da minha vida, em quem confio sem saber porquê, por quem fico triste quando sofre e contente quando a sua felicidade me chega através de belos textos (justificados e sem erros.) em fundos misteriosamente negros ou através do mais sincero e esplendoroso sorriso. O mais importante: quem me reavivou a paixão pela escrita, fora da covarde segurança do meu diário, e quem pela primeiríssima vez, analisou com olhos letrados, apreciou com coração, corrigiu com razão, e criticou com uma certeira intuição. É algo que nunca mais esquecerei e guardarei no orifício mais cavernoso do meu tumultuoso coração, para me alimentar e sustentar a alma, servir-me de combustível de impulsão, para emergir quando estiver lucidamente submersa no "lamaçal neurótico da minha pestilenta incriatividade". Tens um poder enorme sobre mim e não o sabes. Os textos só são "textos" quando a "maluca responsável" diz que sim. Isso é um poder enorme que me faz quase temer-te, recear ansiosamente o teu julgamento, mas sem poder passar sem ele; é como temer a verdade crua da minha própria consciência. É ver através de mim. Isso é bom porque a consciência não mente e TU não mentes. Perdoarás com certeza, este meu momento de confissão, esta minha nudez mental perante ti, mas a brutalidade das minhas emoções não iria permitir-me um discurso coerente e dizer-te tudo isto pessoalmente, por isso escrevo-te, e cada frase é um reconhecimento, cada linha, uma recompensa.
Feliz Amizade em todas as línguas.

ps: recear com ânsias?! Só eu!!!
pps: esquece o Pulitzer! Que venha o Nobel porra!
ppps: publiquei.
pppps: obrigada pelo presente. a primeira página está cheia e o "ensaio" anda à passos firmes. O primeiro capítulo já está. Fervo amiga! Fervo e estou a adorar!

quarta-feira, 14 de novembro de 2007

EPICENTRO UTERINO




Como poderiam os meus dedos preencher todos as ranhuras da minha cona que a estas alturas queima-me as pernas, pinga de tão encharcada, dilatada de tanto levar com os meus dedos?! Mais um bocadinho enfio a mão toda e fodo-me até a morte! Ah... mas também não te fazes de rogado quando te abro a porta e enrosco-me a ti na maior das indecências, comendo-te a língua, e deparo-me com o teu membro que ao primeiro toque ergue a cabeça e fareja descarado. Não precisa que lhe indiquem o caminho, sabe perfeitamente onde quer ir, por isso tiro-o todo cá para fora e é incrível como me enche as mãos, e aproveito para encher a boca também. Quase que o engulo todo! Enfia-se-me na boca para voltar a sair, todo lambuzado, e eu não acredito que continua a crescer! Desfaço-me da roupa rapidamente, sento-me na borda da cama e começo a mamar outra vez, a afagar-te os tomates, o rabo, as pernas, e como quero ser mamada também, amando-te para a cama sem te soltar o mastro e enterro-te a cona na cara, abrindo as pernas e a as tuas também, enquanto ma varres com a língua e vais enfiando dedos obrigando-me a parar de mamar de boca aberta, ou a mamar e gemer porcamente, e pedir que me fodas. Fode-me por favor! Fode-me já! Percebes que já estou a desesperar, mas antes, metes-te em cima de mim, quase sentado na minha cara, com os pintelhos a roçarem-me as bochechas e fodes-me antes a boca, ora com a mão na parede, ora na minha fenda, a dedilhar furiosamente... e estou a adorar ter-te nesta posição, e vou-te arrancando gemidos, e nas pausas, as nádegas. Não fico assim muito tempo, mas o tempo suficiente para te deixar a ferver e sem mais empurro-te, faço-te deslizar sobre mim... e beijo-te até perder o fôlego. Mas agora estás pronto e sem cerimónias metes-me o pau na mão! Mandas-me enfiá-lo dentro de mim! Mete, mete tu mesma, queres não queres? Diz que queres! Vais dizendo a arfar. Ah, mas é uma ordem que eu cumpro com um sorriso maroto na cara, mas antes esfrego a cabeça redonda e calva do teu belo mastro, dou-lhe a cheirar a cona, enfio só metade e fecho as pernas entalando-o; com isto ruges como um animal fazendo força com as pernas, escancarando as minhas e num ímpeto tenho os joelhos a tocarem-me os seios... e o falo se enfia todo de uma vez e tapa-me o buraco completamente... Sinto aquela maravilha irada a fremir, a vibrar, a entalar-se-me na racha, quase me parto ao meio ao abrir-me ainda mais para o receber, embatendo em ti, com as ancas erguidas e entregues, quando sinto todo teu corpo a sacudir-se intensa e violentamente, e neste epicentro uterino recebo uma palmada e venho-me sumptuosamente.

quinta-feira, 25 de outubro de 2007

AVIDEZ PÉLVICA

De: Roberto Fenanti

Na minha lúcida leviandade, enlaço as pernas no teu pescoço, refém do meu devasso apetite, servindo-te a minha rata em bandeja. Toda cheia de graça! Molhada e desabrochada, desembrulhada tal ostra em concha aberta, que é fogosamente envolvida pela tua boca enquanto saboreias lentamente, provas com prazer, degustas-me tão intensa e obscenamente a vulva, que se põe em riste e pulsa, arrebatada de tesão, encarcerada na tua boca, avolumada, espantosamente inchada e pronta. Decidida, como que convocada pela voz da autoridade, começo o menear das ancas, embatendo em ti, na tua boca, na tua língua, no teu rosto, com a força de uma arma de arremesso, enquanto chupas, sorves, sugas, absorves, devoras e dedilhas-me com destemor de um pianista, tecendo melodias com gemidos e golfadas de ar quente. Mas quero-te domado, debaixo de mim e assim te tenho, estendido e inteiriçado, com fogo nos olhos, as mãos nas minhas ancas, o teu falo inteiro dentro de mim, grosso e grave; compacto e corpulento; colossal; deslizando sem impedimentos, escorregando sem restrições, penetrando completamente absorvido, com gula aspirado, totalmente tragado pela minha fenda que o atrai para dentro ao mesmo tempo que o empurra para fora, num entra e sai insidiosamente tentador, fazendo-me agarrar e prender com força e indecência os mamilos, ... e com primor cavalgo em ti numa maravilhosa avidez pecaminosamente pélvica.

quinta-feira, 11 de outubro de 2007

EXCREMENTO e ILUSÃO


O perfume da minha incriatividade fede no ar,
Pestilento e maravilhosamente morto.
Um lamaçal neurótico, tardiamente reconhecido,
na feliz arrogância de um ignorante,
altivez insolente de um novato!

Da mente fendida, apenas bílis e pus,
matéria purulenta, real e iminente.
Obscenamente quieta, estagnada e imunda,
numa corrupta micose visceral.

Os ditos de ontem, flores no campo,
arrostados hoje, peste e podridão.
Fecundante de quinta sou,
sem préstimo, nem empréstimo.

Os feitos, desprovidos de vida!
de forma, de estilo ou de paixão porra!
Sem estrutura, vazia de alma, lucidamente pobre.
Excremento e ilusão!

Puta que pariu toda a merda que escrevi até hoje!

terça-feira, 2 de outubro de 2007

IMPLOSÃO DESASTROSA


Acordei contorcionista no palco da saudade.
E equilibrista na cena,
Sentei-me de pé enquanto me deitava suspensa!
Inverti-me sem pólos
Numa implosão desatrosa!






Apesar de não ser sobre ela, o texto é dedicado à Filipa Rucha, amiga que odeia tudo que é cliché e vulgar. Disse-me há uns meses atrás quando escrevi o dito, que é digno de um William Burroughs. Fiquei nas nuvens. Acho que queria apenas mimar-me, só isso, mas adorei. Um beijo, de gaja ;)